Soube esta manhã que alguns
funcionários da Ternisa, E.M. decidiram aderir à Greve Geral, assim impedindo o
regular funcionamento das instalações. Pertencendo ao sector empresarial local,
a Ternisa tem um quadro próprio de pessoal, em regime de contrato individual de
trabalho. Ou seja, este pessoal não integra o quadro dos serviços
municipalizados.
Recordo aqui que a Ternisa
apresentou, ao fim de três anos de exercício, um prejuízo operacional acumulado
de cerca de 1,5 milhões de euros, encontrando-se a ser gerida por um
Administrador Liquidatário, devendo ser extinta até ao final deste ano.
A grande maioria dos utentes
das Termas de Nisa adquire pacotes de tratamentos termais, com data certa de
início e fim que, presumo eu, são antecipadamente pagos, no todo ou em parte.
Duas perguntas: os utentes que hoje se viram impedidos de receber o serviço
contratualizado e já pago terão direito a prolongar em um dia os seus
tratamentos? Decidindo não o fazer, por opção ou manifesta impossibilidade,
serão ressarcidos? Se sim, por quem? Pela tecnicamente falida Ternisa? Ou, mais
uma vez, a CMN vai funcionar como pronto-socorro financeiro?
Antes que me perguntem se os
funcionários da Ternisa não têm direito à greve, eu respondo: claro que têm. E
coloco-vos eu algumas perguntas: porquê agora? Porque não quando o quadro de
pessoal foi drasticamente reduzido? Porque não quando a Assembleia Municipal de
Nisa aprovou a extinção da Ternisa, faz hoje exactamente um ano? Que propósito
reivindicativo útil serve esta greve? A quem serve? Pensem nisto, e quem
souber, que me responda.
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