quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Greve na TERNISA: que propósito serve?




Soube esta manhã que alguns funcionários da Ternisa, E.M. decidiram aderir à Greve Geral, assim impedindo o regular funcionamento das instalações. Pertencendo ao sector empresarial local, a Ternisa tem um quadro próprio de pessoal, em regime de contrato individual de trabalho. Ou seja, este pessoal não integra o quadro dos serviços municipalizados.  

Recordo aqui que a Ternisa apresentou, ao fim de três anos de exercício, um prejuízo operacional acumulado de cerca de 1,5 milhões de euros, encontrando-se a ser gerida por um Administrador Liquidatário, devendo ser extinta até ao final deste ano.

A grande maioria dos utentes das Termas de Nisa adquire pacotes de tratamentos termais, com data certa de início e fim que, presumo eu, são antecipadamente pagos, no todo ou em parte. Duas perguntas: os utentes que hoje se viram impedidos de receber o serviço contratualizado e já pago terão direito a prolongar em um dia os seus tratamentos? Decidindo não o fazer, por opção ou manifesta impossibilidade, serão ressarcidos? Se sim, por quem? Pela tecnicamente falida Ternisa? Ou, mais uma vez, a CMN vai funcionar como pronto-socorro financeiro?

Antes que me perguntem se os funcionários da Ternisa não têm direito à greve, eu respondo: claro que têm. E coloco-vos eu algumas perguntas: porquê agora? Porque não quando o quadro de pessoal foi drasticamente reduzido? Porque não quando a Assembleia Municipal de Nisa aprovou a extinção da Ternisa, faz hoje exactamente um ano? Que propósito reivindicativo útil serve esta greve? A quem serve? Pensem nisto, e quem souber, que me responda.


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