
Fui ao dicionário Priberam ver o significado da palavra geminação. E encontrei, entre outros significados: “estabelecer relações recíprocas entre duas coisas (ex. geminar duas cidades) ”.
Continuando no dicionário, fui ver o que eram relações – “conhecimento, amizade, trato”; e já que estava com a mão na massa, recíprocas – “que se dá ou faz em recompensa de coisa equivalente”.
Um Acordo de Geminação pressupõe portanto que exista amizade entre duas localidades, que cada uma procure conhecer melhor a outra, e que exista trato, leia-se relações sociais, entre ambas, e que tudo isto seja recíproco, ou seja, que funcione em ambos os sentidos.
Nisa assinou, em Abril de 1990, um Acordo de Geminação com as vilas francesas de Azay-le-Rideau, Saché e Cheillé, situadas na região do Indre-et-Loire. Para esta região se deslocaram muitas centenas de Nisenses, durante os anos 60 e 70, a grande maioria para trabalhar na fábrica da Michelin, em Joué-lès-Tours, que dista cerca de 20km das localidades acima referidas.
Que seja do meu conhecimento, este Acordo de Geminação foi assinado com pompa e circunstância, mas existe apenas no papel. De que serve uma geminação assim? Que benefícios dele extraem as populações geminadas?
Aos naturais de origem francesa de Azay-le-Rideau, Saché e Cheillé, interessaria conhecer melhor os nossos hábitos, o nosso património, a nossa gastronomia, a nossa cultura, em suma, saber onde os Nisorros que por lá se radicaram, “penduram o pote”. Por outro lado, temos uma segunda e terceira gerações de descendentes de Nisenses, que cada vez mais se afastam das suas raízes, que cá apenas regressam, se é que o fazem, por alguns dias durante as férias.
Aos residentes de Nisa, que não conhecem a realidade que os seus conterrâneos na diáspora foram encontrar e onde ainda hoje vivem, interessaria o mesmo, ou seja conhecer e privar de perto com a cultura francesa.
As geminações não podem existir apenas no papel, têm que ser funcionais, permitir e facilitar a troca de ideias e saberes, de experiências. E se isto não se faz é por manifesta falta de vontade política ou puro desinteresse, dado que, pelo menos nesta situação, não se põe a questão de dificuldades financeiras da autarquia.
Algumas ideias: não seria possível, depois de obtido o apoio de algumas famílias nisenses e francesas, alojar em nossas casas (a melhor maneira de conhecer a cultura de um povo é entrar-lhe pela casa dentro) algumas crianças, durante algumas semanas por ano, na época das férias? Não seria possível um intercâmbio de estudantes, do ensino regular e do ensino profissional, com a realização de estágios e actividades didácticas em ambos os países? Não seria possível, com o apoio das associações do Concelho de Nisa e das associações que certamente existem em França, a realização de convívios regulares, de torneios desportivos, de actividades culturais? E tudo isto apenas com alguma boa vontade e vontade política.
Por mim, desde já me disponho acolher uma ou duas crianças francesas, e a permitir que o meu filho se desloque a França, já este ano, se ainda for possível coordenar uma acção desse tipo.
Continuando no dicionário, fui ver o que eram relações – “conhecimento, amizade, trato”; e já que estava com a mão na massa, recíprocas – “que se dá ou faz em recompensa de coisa equivalente”.
Um Acordo de Geminação pressupõe portanto que exista amizade entre duas localidades, que cada uma procure conhecer melhor a outra, e que exista trato, leia-se relações sociais, entre ambas, e que tudo isto seja recíproco, ou seja, que funcione em ambos os sentidos.
Nisa assinou, em Abril de 1990, um Acordo de Geminação com as vilas francesas de Azay-le-Rideau, Saché e Cheillé, situadas na região do Indre-et-Loire. Para esta região se deslocaram muitas centenas de Nisenses, durante os anos 60 e 70, a grande maioria para trabalhar na fábrica da Michelin, em Joué-lès-Tours, que dista cerca de 20km das localidades acima referidas.
Que seja do meu conhecimento, este Acordo de Geminação foi assinado com pompa e circunstância, mas existe apenas no papel. De que serve uma geminação assim? Que benefícios dele extraem as populações geminadas?
Aos naturais de origem francesa de Azay-le-Rideau, Saché e Cheillé, interessaria conhecer melhor os nossos hábitos, o nosso património, a nossa gastronomia, a nossa cultura, em suma, saber onde os Nisorros que por lá se radicaram, “penduram o pote”. Por outro lado, temos uma segunda e terceira gerações de descendentes de Nisenses, que cada vez mais se afastam das suas raízes, que cá apenas regressam, se é que o fazem, por alguns dias durante as férias.
Aos residentes de Nisa, que não conhecem a realidade que os seus conterrâneos na diáspora foram encontrar e onde ainda hoje vivem, interessaria o mesmo, ou seja conhecer e privar de perto com a cultura francesa.
As geminações não podem existir apenas no papel, têm que ser funcionais, permitir e facilitar a troca de ideias e saberes, de experiências. E se isto não se faz é por manifesta falta de vontade política ou puro desinteresse, dado que, pelo menos nesta situação, não se põe a questão de dificuldades financeiras da autarquia.
Algumas ideias: não seria possível, depois de obtido o apoio de algumas famílias nisenses e francesas, alojar em nossas casas (a melhor maneira de conhecer a cultura de um povo é entrar-lhe pela casa dentro) algumas crianças, durante algumas semanas por ano, na época das férias? Não seria possível um intercâmbio de estudantes, do ensino regular e do ensino profissional, com a realização de estágios e actividades didácticas em ambos os países? Não seria possível, com o apoio das associações do Concelho de Nisa e das associações que certamente existem em França, a realização de convívios regulares, de torneios desportivos, de actividades culturais? E tudo isto apenas com alguma boa vontade e vontade política.
Por mim, desde já me disponho acolher uma ou duas crianças francesas, e a permitir que o meu filho se desloque a França, já este ano, se ainda for possível coordenar uma acção desse tipo.
Porque geminação não pode ser só uma palavra no dicionário.
1 comentário:
inteiramente de acordo contigo, e como o artigo, assim houvesse mais pessoas com as tuas ideias e com a tua vontade!!!
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