Ainda a Instalação da Assembleia Municipal de Nisa, a que já hoje aludi mas sobre a qual apenas agora opino.
Começo por destacar, pela positiva, três aspectos:
- a solenidade e dignidade com que decorreu a sessão, algo que há muito se pedia para um acto de tão grande importância. Sabe quem me conhece melhor que não sou de grandes formalidades, mas há um tempo e um lugar para tudo;
- a grande afluência de munícipes, a dar razão aos quem pediram a transferência da sessão do Auditório da Biblioteca Municipal para o Cine-Teatro. Já em postagem anterior dei os parabéns ao Prof. João Santana pelo acerto com que andou ao alterar a localização da sessão;
- o comportamento comedido e respeitoso, tanto dos eleitos como dos restantes presentes, que em muito contribuiu para dignificar a cerimónia.
Em relação ao desenrolar da sessão destaco apenas a esperada disputa da presidência da Assembleia e dos restantes lugares da Mesa. Conhecida a divisão dos lugares na AM, por força de uma Lei Eleitoral que, também neste particular, carece de mudança urgente, acabou por ser eleito Presidente o cidadão que mais votos obteve nas urnas. Que o número de Presidentes de Junta, não directamente eleitos para este órgão, que, recordo aos mais distraídos, é o símbolo máximo da governação concelhia, possa adulterar aquilo que o povo decidiu, é absurdo! Que alguns, por meio de negociatas por debaixo da mesa, pretendam decidir o que já deveria, através da expressão da vontade popular, estar decidido, é manipulador e anti-democrático.
Estou perfeitamente à vontade para tecer esta crítica: não votei no Prof. João Santana mas, dito isto, curvo-me perante a soberana decisão dos meus vizinhos munícipes, que entenderam de modo diferente do meu.
Do mesmo modo, não votei na Dra. Idalina Trindade para Presidente da Câmara. Ainda assim, fiz questão de, com a maior sinceridade, lhe endereçar os parabéns e de lhe desejar as maiores felicidades na difícil tarefa que agora enceta.
A ambos expressei a disponibilidade para, sempre, quando e se para isso for solicitado, desde que tal não implique a violação dos meus princípios e valores, dentro das minhas modestas possibilidades, com eles colaborar.
Não estou toldado por ódios de estimação nem quezílias pessoais. Discordo de ideologias e de métodos, não de pessoas. Tenho um espírito aberto e estou sempre disponível para o diálogo. Seria bom, muito bom mesmo, que todos os eleitos, quer nas Juntas e Assembleias de Freguesia, quer na Assembleia Municipal, que na Câmara Municipal demonstrassem a mesma abertura, a bem do concelho de Nisa e dos seus munícipes.
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