terça-feira, 16 de outubro de 2012

Honra? Ou a falta dela?



Pedro Passos Coelho e restante entourage, membros do Governo, deputados, dirigentes partidários, economistas e comentadores engajados, vão repetindo com ar de dama ofendida, fazendo disso ponto de honra e justificação para toda e qualquer medida que lhes dê na veneta implementar, que há que respeitar os compromissos assumidos, leia-se com a Troika, sob pena de perder toda a credibilidade entretanto conquistada.
Lamentavelmente, esta honradez só se exalta nas relações externas, porque no plano interno, nas promessas eleitorais feitas aos Portugueses, campeia a mais descarada falta de vergonha.
Não vos quero maçar com o Programa Eleitoral do PSD, intitulado “MUDAR PORTUGAL - Recuperar a credibilidade e desenvolver Portugal”, que poderão consultar aqui, deixando-vos apenas com esta pérola:
"(…) queremos ser diferentes daqueles que nos governam e que não têm qualquer sentido de respeito pela promessa feita ou pela palavra dada. Assumimos um compromisso de honra para com Portugal. E não faltaremos, em circunstância alguma, a esse compromisso".
Deixo-vos ainda com um excerto do livro “Mudar”, de Pedro Passos Coelho (Editora Quetzal, 2010), extraído da página 179:
“O relançamento da capacidade de crescimento da economia é indispensável mas é também demorado, pelo que haverá a tentação de recorrer ao aumento dos impostos para reduzir o défice. Porém, encontramo-nos numa situação em que a redução do défice à custa do aumento das taxas marginais de imposto tem um efeito mais negativo que positivo, isto é, mesmo que num primeiro momento a receita aumente, ela cairá em seguida de forma mais pronunciada como consequência do efeito depressivo que acarreta o aumento da carga fiscal".
Se quiserem aprofundar a que ponto vão a desfaçatez e a mentira, sugiro que visionem o vídeo disponível no Youtube, neste link.
Honra? Ou a falta dela?

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