Pedro Passos Coelho e
restante entourage, membros do
Governo, deputados, dirigentes partidários, economistas e comentadores engajados, vão
repetindo com ar de dama ofendida, fazendo disso ponto de honra e justificação
para toda e qualquer medida que lhes dê na veneta implementar, que há que
respeitar os compromissos assumidos, leia-se com a Troika, sob pena de perder
toda a credibilidade entretanto conquistada.
Lamentavelmente, esta
honradez só se exalta nas relações externas, porque no plano interno, nas
promessas eleitorais feitas aos Portugueses, campeia a mais descarada falta de
vergonha.
Não vos quero maçar com o
Programa Eleitoral do PSD, intitulado “MUDAR PORTUGAL - Recuperar a
credibilidade e desenvolver Portugal”, que poderão consultar aqui, deixando-vos
apenas com esta pérola:
"(…) queremos ser
diferentes daqueles que nos governam e que não têm qualquer sentido de respeito
pela promessa feita ou pela palavra dada. Assumimos um compromisso de honra
para com Portugal. E não faltaremos, em circunstância alguma, a esse
compromisso".
Deixo-vos ainda com um
excerto do livro “Mudar”, de Pedro Passos Coelho (Editora Quetzal, 2010),
extraído da página 179:
“O
relançamento da capacidade de crescimento da economia é indispensável mas é
também demorado, pelo que haverá a tentação de recorrer ao aumento dos impostos
para reduzir o défice. Porém, encontramo-nos numa situação em que a redução do
défice à custa do aumento das taxas marginais de imposto tem um efeito mais
negativo que positivo, isto é, mesmo que num primeiro momento a receita
aumente, ela cairá em seguida de forma mais pronunciada como consequência do
efeito depressivo que acarreta o aumento da carga fiscal".
Se quiserem aprofundar a que
ponto vão a desfaçatez e a mentira, sugiro que visionem o vídeo disponível no
Youtube, neste link.
Honra? Ou a falta dela?
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