
3 pensamentos 3, como nos cartazes das touradas, que o assunto que tais pensamentos fez brotar não passa de uma grandessíssima tourada, eu do lado do sol e os chicos-espertos do lado da sombra, tourada rasca de praça de terceira ou quarta categoria, com cavaleiros ainda de renome, gordos dos "cachets" de corridas antigas, que agora já só sabem voltear cavalos na cara dos toiros, em malabarismos de circo, sem valentia para ir ao cite, bandarilheiros trôpegos que escorregam no redondel e conhecem melhor o caminho para o refúgio das tábuas do que para o lado da besta, e forcados que já só pegam de cernelha, que o bicho resfolega tanto que assusta.
Pensamento 1 - Estamos a transformar-nos num país de merda, na inversa medida em que nos tornamos cada vez mais assépticos. Curiosa contradição esta, em que o perfumado sabonete do politicamente correcto se transmuta, por estranha e misteriosa alquimia, em fecais e mal-cheirosas atitudes, sempre precedidas de copiosa diarreia mental! O país, que se dizia de bravos, vai-se transformando numa massa acéfala e ovinamente obediente, porém muito polidinha e bem educadinha, que acha mal dizer preto, gordo, anão, deficiente, pobre, doido, velho, mulher a dias, contínuo, mentira (pérola de um dos deputados de cú que pululam no, cada vez menos, nosso parlamento, cujo nome não recordo, mas cuja tirada não esqueço, referindo-se às afirmações de um seu par: "- O que o Sr. acaba de dizer é uma inverdade!"), et coetera ad nauseum. Prefere-se a forma ao conteúdo, o supérfluo ao essencial, o artifício à realidade. Os bois chamam-se pelos nomes!
Pensamento 2 - Que dívida tem este país para com Angola? Moral ou de outro tipo? Os meus tacanhos dois neurónios, não conseguem entender porque que raio sucessivos governos, tanto da pseudo-esquerda como da dita direita, servilmente baixam a calcinha e oferecem a nádega, apenas o pessoal do Palácio da Cidade Alta levanta o sobrolho. Se se trata de um serôdio complexo de culpa, que eu não partilho nem tomo como minha dor, que nunca em nada prejudiquei ou explorei angolano algum, estamos perante um grave equívoco histórico. Porque não vaiar os Alemães na rua porque um dia foram governados por Adolf Hitler, apupar os Russos por causa do Stalin ou apedrejar os Muçulmanos por conta dos crimes de Bin Laden? E já agora, que singular precisão cirúrgica é esta, que não tem o mesmo tipo de complexo em relação a Moçambique, Cabo Verbe, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor? As actuais gerações, na minha modesta e certamente, na opinião de alguns, errada convicção, não devem nada a porcaria de governo de país nenhum, muito menos quando esses governos são corruptos e continuam a oprimir e a explorar os seus próprios povos, mantendo-os num degradante estado de sub-desenvolvimento, enquanto vivem vidas de nababo.
Pensamento 3 - Se eu tivesse assentado arraiais frente ao edifício da Câmara Municipal de Loures, estou certo que na manhã seguinte, ou se calhar nesse próprio dia, seria expulso do local, sem apelo nem agravo, e não seria nem parangona de jornal nem notícia de abertura de pasquim televisivo. Mas o pessoal que por lá acampou é cigano. E expulsar ciganos, ou pretos (pretos sim, e não essa treta do politicamente correcto, negros! Pretos do mesmo modo que eu sou branco. Já agora, e para que conste, ofende-me que, com este bronzeado alentejano, me tratem assim, porque dá a ideia que estou tuberculoso ou subnutrido) ou homossexuais, ou toxicodependentes, ou alcoólicos, ou deficientes ou seja lá que grupo minoritário for, é nos primeiros casos racismo, e nos últimos discriminação! Mas como sou da maioria branca, tenho as costas largas e sou pau para toda a colher: é comer, pagar e calar! Quem me conhece sabe que não sou nem racista nem homofóbico nem anti seja que grupo minoritário for. Mas não me lixem: diz a Constituição desta República, em vias de se transformar em fértil bananal, que ninguém pode ser discriminado, não diz que as minorias estão isentas do cumprimento da Lei e da mão, supostamente longa, da mesma. Vemos em todos os Tribunais, um dos Órgãos de Soberania que a dita Constituição consagra, uma frase em Latim - "Dura Lex, Sed Lex" - e uma imagem alegórica - uma figura feminina, de olhos vendados, que numa mão segura uma balança e na outra uma espada. A Lei será durá, mas é a Lei, tem que ser cumprida, e a Justiça, cega, pesa as acções e administra o castigo. Mas por estes dias, a Lei vai sendo adaptada às conveniências e a Justiça já espreita por debaixo da venda, para se necessário viciar a balança e embainhar a espada.
Pensamento 1 - Estamos a transformar-nos num país de merda, na inversa medida em que nos tornamos cada vez mais assépticos. Curiosa contradição esta, em que o perfumado sabonete do politicamente correcto se transmuta, por estranha e misteriosa alquimia, em fecais e mal-cheirosas atitudes, sempre precedidas de copiosa diarreia mental! O país, que se dizia de bravos, vai-se transformando numa massa acéfala e ovinamente obediente, porém muito polidinha e bem educadinha, que acha mal dizer preto, gordo, anão, deficiente, pobre, doido, velho, mulher a dias, contínuo, mentira (pérola de um dos deputados de cú que pululam no, cada vez menos, nosso parlamento, cujo nome não recordo, mas cuja tirada não esqueço, referindo-se às afirmações de um seu par: "- O que o Sr. acaba de dizer é uma inverdade!"), et coetera ad nauseum. Prefere-se a forma ao conteúdo, o supérfluo ao essencial, o artifício à realidade. Os bois chamam-se pelos nomes!
Pensamento 2 - Que dívida tem este país para com Angola? Moral ou de outro tipo? Os meus tacanhos dois neurónios, não conseguem entender porque que raio sucessivos governos, tanto da pseudo-esquerda como da dita direita, servilmente baixam a calcinha e oferecem a nádega, apenas o pessoal do Palácio da Cidade Alta levanta o sobrolho. Se se trata de um serôdio complexo de culpa, que eu não partilho nem tomo como minha dor, que nunca em nada prejudiquei ou explorei angolano algum, estamos perante um grave equívoco histórico. Porque não vaiar os Alemães na rua porque um dia foram governados por Adolf Hitler, apupar os Russos por causa do Stalin ou apedrejar os Muçulmanos por conta dos crimes de Bin Laden? E já agora, que singular precisão cirúrgica é esta, que não tem o mesmo tipo de complexo em relação a Moçambique, Cabo Verbe, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor? As actuais gerações, na minha modesta e certamente, na opinião de alguns, errada convicção, não devem nada a porcaria de governo de país nenhum, muito menos quando esses governos são corruptos e continuam a oprimir e a explorar os seus próprios povos, mantendo-os num degradante estado de sub-desenvolvimento, enquanto vivem vidas de nababo.
Pensamento 3 - Se eu tivesse assentado arraiais frente ao edifício da Câmara Municipal de Loures, estou certo que na manhã seguinte, ou se calhar nesse próprio dia, seria expulso do local, sem apelo nem agravo, e não seria nem parangona de jornal nem notícia de abertura de pasquim televisivo. Mas o pessoal que por lá acampou é cigano. E expulsar ciganos, ou pretos (pretos sim, e não essa treta do politicamente correcto, negros! Pretos do mesmo modo que eu sou branco. Já agora, e para que conste, ofende-me que, com este bronzeado alentejano, me tratem assim, porque dá a ideia que estou tuberculoso ou subnutrido) ou homossexuais, ou toxicodependentes, ou alcoólicos, ou deficientes ou seja lá que grupo minoritário for, é nos primeiros casos racismo, e nos últimos discriminação! Mas como sou da maioria branca, tenho as costas largas e sou pau para toda a colher: é comer, pagar e calar! Quem me conhece sabe que não sou nem racista nem homofóbico nem anti seja que grupo minoritário for. Mas não me lixem: diz a Constituição desta República, em vias de se transformar em fértil bananal, que ninguém pode ser discriminado, não diz que as minorias estão isentas do cumprimento da Lei e da mão, supostamente longa, da mesma. Vemos em todos os Tribunais, um dos Órgãos de Soberania que a dita Constituição consagra, uma frase em Latim - "Dura Lex, Sed Lex" - e uma imagem alegórica - uma figura feminina, de olhos vendados, que numa mão segura uma balança e na outra uma espada. A Lei será durá, mas é a Lei, tem que ser cumprida, e a Justiça, cega, pesa as acções e administra o castigo. Mas por estes dias, a Lei vai sendo adaptada às conveniências e a Justiça já espreita por debaixo da venda, para se necessário viciar a balança e embainhar a espada.
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imagem: daqui
2 comentários:
os meus 2% de discordância que não prejudicam a maioria pornograficamente "albanesa" de concordância, deixei-os contados lá na praça com bancos de jardim.
Abraço, ZC
então? de hollydays, a trepar penedos, ou evaporaste-te?
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