
Uma vez mais embarquei no sonho antigo,
na carne ainda em chaga feridas recentes,
peito aberto me relancei contra o perigo,
por armas só minhas mãos nuas e quentes.
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E outra vez brava e feroz foi a refrega,
sem quartel, sem tréguas nem rendição,
total entrega, sem razão, vontade cega,
por temores só um presente, o da traição.
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Uma vez mais exangue e ferido sucumbi,
joelho por terra, após final e cruel estocada,
no rosto escrito o sofrimento que vivi,
na alma a ferro em brasa a dor marcada.
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E outra vez do rúbeo solo me ergui,
Corpo em feixe, da peleja mal refeito,
cedo esquecido de tudo o que padeci,
para de novo buscar sublime feito.
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foto: Inmagine
2 comentários:
Áh! poeta, porque te escondeste tanto tempo? beijo domingueiro, th
gostei de ver o meu blog linkado.também gostei do teor do teu blog.força.
abraço da leonor
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