

Atravessei o rio para a outra margem, que os rios tanto separam quanto unem e a natureza não reconhece divisões administrativas, pelo que a paisagem se repete, beleza agreste e difícil de calcorrear, por isso maior o encanto de descobrir secretos jardins e memórias de antanho.
Nos finais do neolítico o meu antepassado irmão também percorreu estes trilhos, talvez não em busca de encantos mas certamente com igual deleite.
E também ele parou por um momento e registou a sua presença nestas terras. Eu com máquina fotográfica, ele com pedra de aresta dura, martelando suvemente o xisto macio, deixando nele as suas marcas.
Duas marcas, duas memórias ou o círculo que se fecha.
.
fotos: josé carlos
fotos: josé carlos
3 comentários:
Lindíssimas imagens. Lindíssimo texto. Lindíssima ligação passado-presente. O tempo também é como o srios: atnto une, como separa!
Beijinho, Magude!
Belos passeios que partilhss connosco, Zé Carlos. Anda daí lanchar que a mudança já acabou :) Beijinhos muitos!
parabéns pelo texto. Uma prosa que é uma poesia.
obrigado pelas tua análise ao meu texto. gostei muito.
abraço da leonor
Enviar um comentário