Muito se tem escrito (nas redes sociais) e falado (nos cafés) nesta terra nas últimas semanas acerca da autêntica dança das cadeiras que foi a reestruturação do Mapa de Pessoal (MP) da CMN.
Porque assim e porque assado, parece ser opinião quase unânime que a Dra. idalina Trindade é uma velhaca, rancorosa, vingativa e prepotente, que põe e dispõe a seu bel-prazer, manipulando as pessoas como se de meros peões de xadrez se tratassem.
Analisei com atenção o MP logo aquando da sua publicação e nada comentei. Porquê? Porque em não tendo nada a dizer, estou calado. Mas já me vai chateando tanto sururu, sempre e só reduzido a palavras sem correspondência em actos, e resolvi partilhar convosco o que penso sobre o assunto, que se resume a 3 conclusões:
1 - Há mudanças acerca das quais, porque não conheço as pessoas em questão nem as funções que desempenhavam, não tenho opinião formada;
2 - Há mudanças de sector e função com as quais concordo. O imobilismo causa acomodação e gera vícios que, de vez em quando, convém sacudir;
3 - Há mudanças que me chocam, por aparente motivação político-partidária.
Acerca desta última conclusão, e não me agradando as suas implicações, devo ser brutalmente honesto e confessar que, no seu lugar, faria igual ou parecido. Dormiria mal durante algum tempo, andaria incomodado e com a consciência a remoer, mas fá-lo-ia. Aliás, qualquer um de vós, ainda que não o assuma publicamente, faria o mesmo.
A verdade é que não vivemos num utópico mundo paradisíaco. Perante a questão de manter numa organização, seja ela qual for, pessoas que nos combateram e (provavelmente) continuarão a combater, de modo mais ou menos óbvio e antagónico, em lugares-chave, próximo do centro de decisão, fá-lo-iamos? Ou teríamos o cuidado de nos rodear dos que nos são mais próximos e fiéis? Não é políticamente correcto? Pois não, e depois?
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