Acabo de chegar da Reunião Ordinária de Câmara realizada esta tarde. Da respectiva Ordem de Trabalhos constava um ponto com a redacção "Tomada de posição sobre a construção da ponte internacional sobre o rio Sever" e, a esse propósito, há importantes novidades.
Segundo informação da Presidente da Câmara, foi recepcionada no passado dia 3 de Março uma carta do Presidente da Diputación de Cáceres, datada de 28 de Fevereiro, dando conta da sua decisão definitiva de renunciar ao projecto de construção da ponte internacional sobre o rio Sever, por não haver tempo disponível nem verba suficiente para tal, apresentando-a como facto consumado.
Perante este cenário, e crendo ser ainda ser possível fazer reverter esta decisão, foi submetida à votação da Câmara uma proposta da Presidente, que anuncia estar a CMN na disposição de suportar 50% do valor da construção dos acessos à ponte, no valor total de 3 milhões de euros, ou seja, 1,5 milhões de euros.
Recordo aqui que o principal argumento de suporte da decisão da Diputación de Cáceres seria a insuficiência dos 4 milhões de euros aprovados para o projecto, sendo necessários mais 3 milhões, devido à necessidade de construir 7 kms de estrada em Espanha e 3 km em Portugal.
Importa referir que é possível candidatar esta verba a fundos do QREN, que suportaria o projecto dos acessos em 75% a fundo perdido, pelo que ao orçamento municipal caberiam em responsabilidade 357 mil euros.
Afirmou ainda a Presidente ser possível concluir o projecto em 12 meses, ao contrário dos 16 que a Diputación afirma necessitar.
Após alguma reflexão a proposta foi aprovada por unanimidade, com instruções para ser enviada o mais rapidamente possível à Diputación de Cáceres e a várias outros organismos estatais, tanto em Espanha como em Portugal.
Não vou por ora tecer mais comentários ao execrável comportamento institucional que a Diputación de Cáceres vem tendo. Por outro lado, não posso deixar de cumprimentar esta decisão da CMN, louvando todos os eleitos pela coragem de assumir este pesado fardo, numa tentiva de impedir que seja dada uma machada final num projecto estruturante, cuja importância e possível impacto social e económico não é de mais realçar.
Em dia de jogo da Selecção Nacional, apetece dizer que a bola está agora do lado de Cáceres. Esperemos que saiba jogar a preceito, sem birras nem amuos, perante a mão que lhe é estendida, sabendo transformá-la num fraterno abraço transfronteiriço.
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foto: José Monteiro
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foto: José Monteiro
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