segunda-feira, 7 de outubro de 2013

E desta vez?



Marques Mendes diz que o Governo vai encerrar 50% das repartições de finanças


Antigo presidente do PSD diz que a medida não foi apresentada antes das autárquicas "para não espantar a caça".

“Embora o Governo ande há meses a esconder esta matéria, está um pouco em preparação dentro do Governo o encerramento de cerca de metade das repartições de Finanças que existem em Portugal, 50%”.

A revelação foi feita no passado sábado por Luís Marques Mendes durante o seu comentário semanal no ‘Jornal da Noite’ da SIC.

Segundo o advogado, “o memorando da troika, já inicial e feito pelo governo anterior, apontava para o encerramento de 40%. Depois, na quinta avaliação, ou na sexta, foi reforçado para 50%. Entretanto não foi feito nenhum encerramento antes das autárquicas para não espantar a caça. E agora é uma exigência de ser feito no futuro”.

Marques Mendes ressalva que esta medida se trata de uma exigência imposta pela troika e que deve ser aplicada em breve, apontando para o próximo ano. Contudo, o comentador diz que é necessário “esperar para ver, quando o Governo apresentar esta medida, porque ainda anda a escondê-la e nessa altura nos pronunciaremos sobre a justiça dessa medida e sobre se ela é exequível”.

“Esperemos para ver se a medida é justa, se o Governo trata de encontrar alternativas adequadas para as pessoas e se é exequível”, concluiu.

in "Público"
 

A ser verdade, e não duvido que seja, sendo certo e sabido que, logo após as Autárquicas, na sequência da 8ª e 9ª avaliações da Troika, iríamos levar nova bordoada, o que acham irá acontecer à Repartição de Finanças de Nisa?
Outra notícia veiculada hoje refere a intenção do Governo, também por força do acordo com a Troika, de privatizar mais de 50% do capital dos CTT. A verificar-se esta privatização, caindo a empresa nas mãos de vá-se lá saber quem, provavelmente algum grupo internacional a quem apenas o lucro interessa, e por mais garantias que o Governo nos possa dar acerca da manutenção de estações e serviços (e todos sabemos o que valem hoje as promessas e garantias governamentais), garantindo a manutenção do interesse público, o que irá acontecer a estações localizadas em pequenas povoações do interior como Nisa?
Pergunto ainda como está afinal a questão do encerramento dos tribunais, algo que, de um momento para o outro, deixamos de ouvir falar? O Tribunal de Nisa encerra ou mantém apenas serviços mínimos ou não?
Não sei se já se deram conta, mas corremos o risco de, num curto espaço de tempo, perder três serviços públicos de extrema importância para a população.
Depois de deixarmos de ter hospital, reduzido a Centro de Saúde, sem serviço de urgência e com hora marcada para adoecer, com apenas 3 médicos para mais de 7 mil habitantes, sem que quem nos representa, tanto quanto me apercebi, a nível local ou no Parlamento, já para não falar na população, tenha mexido uma palha, vai de novo suceder o mesmo?
Vamos continuar a aceitar ovinamente tudo o que é lançado contra nós? A escassos dias da instalação da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal, quando entramos num novo ciclo político, espero que os recém eleitos sejam a voz do descontentamento que ouvi nas ruas das aldeia e vilas deste concelho durante a campanha eleitoral. Espero que protestem e lutem pelos interesses dos seus munícipes e fregueses, que se unam em torno de uma questão que nos afecta a todos. Espero ainda que sejam o catalizador, caso este negro cenário se confirme, da luta da população contra o massacre a que vamos sendo sujeitos.
Espero, em suma, que sejam os líderes de uma vaga de fundo de revolta e protesto.

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Adenda: uma reportagem da autoria de Hugo Alcântara, acerca do assunto desta postagem,  foi hoje transmitida no "Primeiro Jornal" da SIC. Recomendo a sua visualização.
 

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