Durante a minha costumeira ronda
diária por vários blogues deparei com um recorte do Jornal Alto Alentejo, no
blogue da minha amiga Margarida Oliveira, que presumo seja da última edição do
dito, dedicado às eleições autárquicas de Nisa em 2013, com o lead “CDU ainda sem candidato”, por
aparente dificuldade em encontrar alguém, referindo ainda vários nomes que
aparentam estar em cima da mesa em relação a PS e PSD.
Começo por dizer que me
parece ser esta uma “não notícia”, porque, em boa verdade, nada acrescenta
aquilo que já todos sabemos há muitas semanas. Mas adiante, que cada um é dono
do seu quintal e nele planta o que quer.
Em relação à actual
Presidente da Câmara, Gabriela Tsukamoto, o que eu gostaria de saber, e isso
sim seria notícia, é se esta pretende levar o seu mandato até ao fim, ou se, a
exemplo de muitos autarcas em fim de mandato, se vai demitir algures no início
de 2013, abrindo assim caminho ao seu Vice-Presidente. Tenho para mim que, não
se verificando esta premissa, poderemos excluir o Vereador António Bichardo
desta equação. Ainda em relação à CDU, não se esgota em António Bichardo a
lista de nomes que por aí me vão sussurrando: Esmeralda Almeida, Teresa Almeida,
João Malpique, Fátima Moura ou João Bicho são os mais referidos, sendo que a
grande maioria não me merece a mínima atenção, por tão inverosímeis, para além
de constituírem, caso avançassem, valentes tiros nos pés. Já em anteriores
postagens referi o facto de a CDU estar em fim de ciclo no concelho, o que
prefigura um cenário em que, seja quem for que se apresente como candidato
à CMN, se sujeitar a ser queimado, correndo o risco de conduzir o partido ao
terceiro lugar na representação concelhia, atrás de PS e PSD (não necessariamente
por esta ordem). Será esta a razão da dificuldade em encontrar candidato? A ver
vamos.
Quanto ao PS, aparenta ter o
problema oposto: excesso de galos para o mesmo poleiro, porque 2013 é, desde 1982,
a primeira vez em que o partido realisticamente pode aspirar a vencer as eleições
para a CMN. Para além de Marco Oliveira, Presidente da Concelhia, que se vai
eternizando como pré-candidato, temos aquela que considero estar melhor colocada
nesta corrida, a Vereadora Idalina Trindade. Muito francamente, não vi ainda no
Vereador Sena Cardoso vontade ou postura para se apresentar como tal, o
mesmo não podendo dizer de Fernando Marquês, Presidente da Junta de Freguesia
do Espírito Santo, que pela atitude com que vem surgindo nas últimas
Assembleias Municipais, me pareceu estar apostado nesta corrida. É evidente que
esta abundância de pré-candidatos se prende com o facto que acima referi: na
perspectiva de uma possível vitória eleitoral ninguém quer perder uma
oportunidade única.
Relativamente ao PSD, tenho
como certo o facto de a Vereadora Fernanda Policarpo, em quem o partido não
parece rever-se, pelo menos desde que António Franco é Presidente da Concelhia,
por várias vezes vincando a ideia deste facto, não ser a candidata escolhida. António
Franco surge assim como candidato natural do partido, apesar de, nos tais sussurros que
me vão fazendo, já ter vindo à baila o nome de José Dinis Semedo, Provedor da
Santa Casa da Misericórdia de Nisa. Também ouvi o sururu acerca de Mata Cáceres,
aquando da sua demissão da presidência da Câmara Municipal de Portalegre, bem
como acerca de Mário Condessa, algo que nunca me pareceu fiável, embora fossem ambas
hipóteses plausíveis.
Devemos ter mais novidades
em breve, porque isto das candidaturas é como os perus: têm que se matar antes
do Natal!
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