sexta-feira, 9 de março de 2012

Citando Pacheco Pereira

Pacheco Pereira, conhecido comentador político da nossa praça, num “teaser” referente a um programa televisivo em que participa, produz a seguinte afirmação: “Do que não ouço, não vejo, nem leio, não falarei”.

Cito-o porque me reconheço nessa afirmação: tanto aqui no blogue como na coluna de opinião que mantenho no Jornal de Nisa, tudo sobre o que escrevo é facto do domínio público que ouvi, vi ou li. Não comento boatos, rumores, conversas de café ou zangas de comadres. Mais: sendo bastas vezes visitado no recesso do meu lar ou abordado na rua por gente que me vem dar “novidades” (Então já sabes da última? Tens que meter isso no Jornal!), recuso-me terminantemente a fazê-lo, aconselhando os próprios a tomarem essa iniciativa e a arcarem com as consequências, por tal não ser nem ético nem intelectualmente honesto.
Vem este intróito a propósito de uma informação que recebi em primeira mão, segundo a qual, a notícia veiculada pela Rádio Portalegre, citando a Sra. Presidente da Câmara, Gabriela Tsukamoto, não corresponde à verdade. Agradecendo essa informação, bem como outras que obtive, que me permitiram corrigir um erro, referente ao orçamento de despesa previsto para a NISARTES 2012 que constava na postagem anterior, tal não é do domínio público. Do mesmo modo, não é do domínio público alguma da outra informação que obtive, o que me leva a voltar a insistir na importância da publicação na íntegra das Actas das Reuniões de Câmara, Declarações de Voto incluídas, em vez das pobres Minutas a que por ora temos acesso na Internet.
Como sempre faço, em não se tratando de textos ou imagens da minha lavra, ou em se tratando de informação obtida a partir de terceiros, citei as fontes. Ou seja, a postagem a que dei o título “Presidente da CMN contra a realização da NISARTES em 2012” foi construída em torno da notícia veiculada pela Rádio Portalegre, recorrendo à consulta pela Internet dos relatos das Reuniões de Câmara publicadas pelo “Jornal de Nisa”, das Minutas das Actas das Reuniões de Câmara, das Actas das Assembleias Municipais e em documentos financeiros disponíveis na página electrónica do Município.
Se a notícia da Rádio Portalegre é falsa, se é, num execrável neologismo muito em voga, uma “inverdade”, não me compete a mim, enquanto a mesma não for oficialmente desmentida, alterar uma vírgula àquilo que escrevi. Exija-se o Direito de Resposta que a Lei consagra, obtendo a reposição da verdade dos factos. Exija-se que a Rádio Portalegre se retracte e então, só então, poderei alterar a postagem em conformidade.
Estou certo que na Reunião de Câmara Extraordinária agendada para a próxima Segunda-Feira, dia 12 de Março, muitos pontos serão postos nos i. Lá estarei, se para isso tiver disponibilidade, e aqui darei conta do que por lá ouvir, vir e ler. Como sempre.

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