
Finalmente o silêncio. Constrangedor, incómodo para a maioria. Para mim, que cresci no seu embalar, cobertor quente e macio que me protege.
Bastas vezes me remeto ao silêncio. Neste meio, onde isso é fácil, mas também no dia a dia, quando desligo a ficha que me liga ao mundo e viajo para o interior de mim mesmo. Passo pelas pessoas e não as vejo, falam-me e não as ouço. Desse meu estado dizem estar no mundo da lua. Mas não, estou com os pés bem assentes na terra. E sabe-me bem estar assim, nesse casulo onde tempo e espaço cristalizam.
Mas adiante. Por meses este espaço foi visitado por conhecidos e desconhecidos, com palavras de apreço e incentivo. Nunca uma crítica, uma sugestão. E porque sei que não sou perfeito, cansei-me. Que raio, tantas palavras, tantas ideias, e nem sequer um olhar de soslaio, um franzir de sobrancelha???
Que prazenteira contemplação de umbigo! Que monotonia!!! Como dizia o Nicholson "não há pachorra!".
Fui fazer coisas mais úteis. Tornei-me vice-presidente de uma Associação que trabalha com jovens, dou formação de informática a gente mais velha do que eu, continuei com os meus passeios pedestres e subi a montanha mais alta de Portugal, continuei a passar para o papel as minhas ideias.
E agora tenho gente que discute comigo, que questiona o que penso e faço, que me espicaça e me faz ser melhor.
Porque como li algures, às vezes, um pontapé no rabo leva-nos mais longe do que muitas palmadinhas nas costas.
5 comentários:
é pá, não é 'palmadinhas'!!! tu quando lês tb n gostas de o fazer "em silêncio"???
vá, deixa-te de merdas e passa mas é para aqui o que escolheres dessa sebenta que andasta a escrever lá pelos caminhos de cabras!
Eu cá por mim se fôr preciso dar porrada, eu dou...lol.
Agora que gostaria de ler mais coisas tuas, é uma verdade, afinal para que raio abriste o blog? não foi para deitar cá para fora o que sempre esteve guardado na tal mala de porão?
E ainda falam dos caminhos tortuosos das mulheres...rrssssssss
"E eu ralado"
Palavra chave para quem te precebe.
Vamos é escalar pedras e comer uma boa feijoada á tasca do Portela.
Fica bem...!
P.F M.C
um bom '07 Zé Carlos
Sou Picaroto (da Ilha do Pico). Vivo no continente e apaixonei-me por Nisa. Gostei das tuas palavras...e sobretudo uma memória tua...a subida à montanha do Pico...O que fazias sobre aquelas pedras negras? Responde-me para ruidarosa@gmail.com.
Cumprimentos
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